•  segunda-feira, 25 de novembro de 2024

SAÚDE INDÍGENA, POLÍTICAS CULTURAIS E ESTÉTICAS DO COTIDIANO NO CONTEXTO DA PANDEMIA PAUTAM OS DEBATES DA SÉRIE IDEIAS #EMCASACOMSESC

O ator, diretor e dramaturgo Sergio Mamberti, o artista plástico Nino Cais, o líder do Movimento Indígena do Rio Negro (AM), Marivelton Rodrigues Barroso Baré e a historiadora e curadora do Museu Paulista Vânia Carneiro de Carvalho, são alguns dos convidados da semana de 9 a 13 de junho

 A série Ideias, transmitida ao vivo sempre às 16h pelo YouTube da instituição, convida pensadores e articuladores sociais de diversas áreas para a troca de experiências e reflexões sobre assuntos da atualidade

São Paulo, 5 de junho de 2020 – Com o objetivo de incentivar a reflexão no contexto desafiador em que nos encontramos, a série Ideias, promovida pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), traz a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões que tencionam a agenda sociocultural e educativa atual. Sempre às 16h, as conferências acontecem pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

 

Na próxima terça-feira, 9 de junho, o tema “Saúde indígena no contexto da pandemia” é debatido por Marivelton Rodrigues Barroso Baré, da liderança do Movimento Indígena do Rio Negro AM, e Douglas Rodrigues, médico sanitarista do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp que trabalha com populações indígenas em isolamento voluntário na Amazônia. A mediação é da indigenista e ativista Marina Herrero. Juntos, falarão sobre as estratégias de enfrentamento à pandemia no contexto indígena, abordando aspectos como economia, circulação de alimentos e administração de princípios culturais, como os ritos fúnebres.

 

Na quinta-feira, 11, o debate “Políticas culturais em tempos de pandemia: a realidade das cidades” joga luz a questões sobre o que está sendo feito na política para minimamente contornar os impactos da paralisação na arte e cultura, e quais são os desafios para evitar o aprofundamento dos danos que incidem sobre tantas classes trabalhadoras. A mesa é formada pelo ator, diretor, dramaturgo, artista plástico e produtor Sergio Mamberti, que soma seis décadas de carreira como artista, Américo Córdula, ator, gestor e consultor em políticas culturais, e Pedro Azevedo Vasconcellos, secretário de Cultura e Relações Internacionais do município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

 

E no sábado, 13 de junho, o artista plástico Nino Cais e a historiadora e curadora do Museu Paulista – USP, Vânia Carneiro de Carvalho, falam sobre “Estéticas do cotidiano: a construção das visualidades domésticas”. Mediados por Fabiana Delboni, eles abordam a construção de narrativas pessoais presente na escolha dos objetos particulares e na organização das visualidades dos espaços domésticos, relacionando com o contexto de isolamento social em que nos encontramos.

 

PROGRAMAÇÃO IDEIAS #EMCASACOMSESC

 

Dia 9/6, terça, às 16h

Saúde indígena no contexto da pandemia

 

Nesse encontro serão discutidas as particularidades dos povos indígenas no contexto da Covid-19 como a economia e circulação de alimentos, medidas de suporte como água e medicamentos, ausência de saneamento básico, como administrar princípios culturais como os ritos fúnebres, dificuldades de adaptação das orientações para as diferentes línguas e estratégias de enfrentamento à epidemia.

 

Participantes:

Douglas Rodrigues – Médico sanitarista do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp. Trabalha com populações indígenas em isolamento voluntário na Amazônia. Coordenou o programa de extensão da Unifesp em saúde indígena no Parque Indígena do Xingu.

 

Marivelton Rodrigues Barroso Baré – Liderança do Movimento Indígena do Rio Negro AM. Presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN e integrante do Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 criado pela Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira.

 

Mediação:

Marina Herrero – Indigenista, ativista em direitos humanos e sociedades tradicionais em risco e coordenadora do programa Diversidade Cultural, na Gerência de Programas Socioeducativos do Sesc São Paulo.

 

Dia 11/6, quinta, às 16h

Políticas culturais em tempos de pandemia: a realidade das cidades

 

A área da cultura vem sofrendo os efeitos da paralisação devido à Covid-19. Se a área já estava negligenciada pelo poder público federal nos últimos anos, com o agravamento de agora a situação tornou-se insustentável. O socorro econômico direcionado a espaços culturais, a artistas e demais profissionais avançou com o projeto de lei Aldir Blanc, proposto pela Câmara Federal e nela aprovada no dia 26 de maio. Ainda assim, é preciso olhar para a realidade das cidades, nas instâncias estadual e municipal, que são o lugar onde os sujeitos habitam e onde se gesta e realiza a ação cultural.

 

O que está sendo feito nessas instâncias, de forma urgente, para minimamente contornar os impactos da paralisação? Quais são os desafios para evitar o aprofundamento dos danos que incidem sobre artistas, profissionais, coletivos, espaços e movimentos culturais organizados, relacionando também educação e comunicação?

 

Essas perguntas ganham contundência ao notar que o Plano Nacional de Cultura, proposto há 10 anos pelo governo federal e hoje enfraquecido, apresentava metas vinculadas a três dimensões complementares da ideia de cultura: como expressão simbólica; como direito de cidadania; e como potencial para o desenvolvimento econômico. Embora ainda sejam realizadas conferências municipais e estaduais de cultura, para que a fruição aconteça, no registro da democracia e da liberdade de expressão, é preciso fortalecer as relações entre as estruturas artísticas, os criadores culturais e os públicos – eis um papel do gestor cultural para o fomento das atividades artísticas e culturais nas cidades.

 

Participantes:

Sergio Mamberti – Ator, diretor, dramaturgo, artista plástico e produtor, que soma seis décadas de carreira como artista, militante e gestor cultural. Formado pela Escola de Artes Dramáticas (EAD) de São Paulo, construiu uma carreira de sucesso no teatro, cinema e televisão. Foi membro da Coordenação do Comitê de Cultura da Frente Brasil Popular para Cidadania, e no período de 2003 a 2013 trabalhou no Ministério da Cultura como Secretário da Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural. Foi também presidente da Fundação Nacional de Artes e Secretário de Políticas Culturais.

 

Américo Córdula – ator, gestor e consultor em políticas culturais, com formação em Ciências da Computação. Também exerceu a função de secretário da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural e de Políticas Culturais no Ministério da Cultura entre 2005 e 1015, tendo trabalhado como assistente técnico na criação dos Planos Setoriais de Cultura para os povos indígenas e as culturas populares e na coordenação do processo de implementação do Plano Nacional de Cultura PNC.

 

Pedro Azevedo Vasconcellos – secretário da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

 

Mediação:

Mauricio Trindade da Silva – gerente adjunto do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc em São Paulo e doutor em sociologia da cultura (USP).

 

Dia 13/6, sábado, às 16h

Estéticas do cotidiano: a construção das visualidades domésticas

 

A escolha dos objetos particulares e a organização das visualidades dos espaços domésticos são elementos fundamentais para a compreensão dos modos de vida e nos fornecem indícios sobre a construção de narrativas pessoais. Tais aspectos ganham relevância num momento de elogio midiático à domesticidade, no qual os espaços domésticos se configuram como instâncias compulsórias para a concretização de dimensões da vida pública. A partir de tais questões, esta mesa apresentará algumas leituras no campo da história e das artes visuais sobre os processos que envolvem essas escolhas e a suas possibilidades de manifestação.

 

Participantes:

Nino Cais – Artista visual.

 

Vânia Carneiro de Carvalho – Historiadora e curadora do Museu   Paulista da USP.

 

Mediação:

Fabiana Delboni – Assistente Técnica da Gerência de Artes Visuais e Tecnologia do Sesc São Paulo.

 

+ Sesc Digital

A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Por essa razão, o Sesc apresenta o Sesc Digital, sua plataforma de conteúdo!

 

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