Para especialistas, PIB pode ter queda de 10% em 2020
Levantamento do Yubb aponta estimativas de principais órgãos econômicos do Brasil
Não existe estimativa de crescimento do PIB brasileiro neste ano. Por conta do coronavírus e seu impacto de recessão econômica, órgãos econômicos acreditam que o país encerrará o ano negativamente. O melhor cenário é nulo, em 0%, enquanto o pior cenário é de queda de até -10%. Para o Ministério da Economia, a queda será de -4,7%. É o que aponta levantamento realizado pelo Yubb (https://yubb.com.br/), maior buscador de investimentos do país.
“A consultoria global UBS foi a que apontou a pior estimativa. Para eles, existe uma possibilidade de recuperação rápida da atividade econômica à medida que o distanciamento social for sendo flexibilizado, e apontaram três possíveis cenários que o país deverá vivenciar”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb. “Nos cenários 1 e 2, que são mais otimistas, UBS pensa que encerraremos 2020 com o PIB entre -5,5% a -7,7%. Entretanto, no cenário 3, o PIB atingirá -10,1%”.
Confira o ranking completo:
Empresa | Projeção | Data da projeção |
UBS | de -10,1% a -5,5% | 28/04/2020 |
Bank of America | -7,7% | 13/05/2020 |
JPMorgan | -7% | 10/05/2020 |
Santander | -6,4% | 18/05/2020 |
Banco Central (Focus) | -5,12% | 18/05/2020 |
Morgan Stanley | -5,1% | 28/04/2020 |
Ministério da Economia | -4,7% | 13/05/2020 |
Itaú Unibanco | -4,5% | 11/05/2020 |
Goldman Sachs | -3,4% | 27/03/2020 |
Asa Bank | -3% | 19/03/2020 |
Credit Suisse | 0% | 17/03/2020 |
Em posicionamento mais otimista, o banco Credit Suisse acredita que o crescimento do PIB será de 0%, isso porque o desempenho da atividade econômica no Brasil durante o primeiro trimestre de 2020 não foi tão afetado pelos impactos do coronavírus, já que o país foi um dos últimos a apresentar a propagação da doença. “Apesar da visão mais otimista, o Credit Suisse destacou que não é possível desconsiderar um cenário de maior recessão. Isso vai depender do tempo que o governo vai levar para conter o impacto negativo causado pela pandemia do covid-19”, detalha Bernardo.