Coronavírus: Saúde reúne representantes de supermercados em Cabreúva
A secretária de Saúde, Rita Hollo, reuniu na manhã desta quinta-feira (21) representantes de todos os supermercados de Cabreúva para atualizá-los sobre a situação do coronavírus (covid-19) e reforçar as orientações de combate à doença. O objetivo é reduzir a transmissão e o contágio na cidade.
“Estamos observando um aumento significativo no número de pessoas com síndrome gripal nos serviços de urgência. Essa é uma grande preocupação, principalmente porque não temos leitos de UTI na cidade”, explicou a secretária. Ela informou ainda que a taxa de ocupação no Hospital São Vicente, em Jundiaí, que é a referência para Cabreúva, está em torno de 70%, e de hospitais particulares, que atendem convênios, já passou de 100%.
Rita lembrou ainda que esta semana a cidade registrou a primeira morte por covid-19, de um homem jovem, sem doenças pré-existentes, além de uma morte suspeita. “Estamos entrando na pior fase do contágio e nós temos de fazer nossa parte. Precisamos ser proativos. É um desafio, mas temos de aprender a conviver com esse vírus.”
A coordenadora da Vigilância Sanitária, Débora Hégedus, solicitou aos representantes que cada estabelecimento, dentro de sua realidade, faça um planto de contingência para o coronavírus. A ideia é cada um tenha um protocolo de ação que deve ser seguido pelos colaboradores.
Durante a reunião, cada representante compartilhou as ações que tem feito para tentar reduzir o fluxo de pessoas dentro dos mercados.
A proprietária do supermercado Safra Ville, Penélope Kordoutis, contou que, entre outras medidas, adotou um aplicativo de celular para fazer a contagem do número de clientes na loja. “Desta forma, a gente evitar que o cliente fique manuseando um papel ou plástico, que também podem contaminar”, explicou.
Simone Militão, do supermercado Santa Fé, destacou a dificuldade de barrar a entrada de pessoas sem máscara e em grupo. Um desafio comum para todos os mercados. “Muita gente insiste que tem o direito de ir e vir e não obedece aos nossos pedidos”, disse. Neste caso, orientou o secretário de Segurança e Defesa, Renato Violardi, a situação da pandemia e a necessidade de garantir a saúde pública se sobrepõem ao direito de ir e vir e as pessoas precisam seguir as regras.
“Acredito que os funcionários têm de se apropriar do risco de transmissão da doença, saber o que está acontecendo, da gravidade da situação. Só assim ele vai se sentir seguro para abordar o cliente, orientar e barrar a entrada de mais de uma pessoa por família”, complementou a secretária de Saúde, que também pediu atenção aos cuidados com os funcionários.
Participaram ainda representantes dos supermercados Sonda, Boa, Joia, Miranda e Dia.