Idosos de instituições são testados para o novo coronavírus em Jundiaí
A estratégia de testagem para o novo coronavírus em Jundiaí ganha mais uma etapa. Além dos testes rápidos que estão sendo realizados entre a população que apresentou sintomas gripais nos últimos 40 dias, profissionais da Saúde Pública, forças de segurança e motoristas e cobradores do transporte coletivo, o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus (CEC) deliberou a testagem de todos os assistidos moradores e profissionais instituições de longa permanência de idosos (ILPIs). Primeiro, é feito o teste rápido e, em caso de positividade de um dos indicadores aferidos (IgG ou IgM), aplica-se o teste PCR (swab orofaringe e nasofaringe). Com a medida, o objetivo é identificar se o vírus chegou até os lares dos idosos, isolar, bloquear e tratar o avanço da doença.
“Com os idosos residentes em instituições o cuidado é extremo. Serão realizados 1 mil testes entre os idosos moradores e os funcionários das instituições. A testagem ampla é uma das ferramentas para o bom combate à pandemia do novo coronavírus. Jundiaí vai realizar 20 mil testes rápidos e mais 2 mil PCRs entre a população. Desta forma, será possível saltar para o índice de testagem de 52 testes por 1 mil habitantes. Isso significa ter mais informações para atuar de forma rápida e direta no atendimento da população, evitando o avanço descontrolado da doença”, salienta o prefeito Luiz Fernando Machado.
A aplicação dos testes teve início nesta semana e será feita pelas equipes da Prefeitura de Jundiaí ou pelos próprios técnicos das instituições, que foram treinados para a aplicação. Dos 76 idosos testados, nenhum caso foi positivo. Todos os idosos e profissionais das ILPIs serão testados com a versão rápida, que identifica os índices IgG e IgM no organismo. Ou seja, o primeiro se a pessoa já teve contato com o vírus Sars-CoV-2 e já criou anticorpos ou, se o organismo está enfrentando o vírus, com o índice IgM. Caso um dos indicadores seja positivo, a pessoa será submetida ao teste PCR, realizado com a coleta de material do nariz e da garganta para a análise.
De acordo com o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Tiago Texera, a etapa faz parte do Inquérito Epidemiológico para a identificação do avanço da doença na cidade. “Nessa fase todos os moradores das instituições de permanência serão testados. É uma medida preventiva e de mapeamento. Com as informações será possível garantir que a população mais vulnerável à doença continue a ser preservada”, explica.
A meta será realizar 1 mil testes entre as cerca de 20 ILPIs instaladas na cidade. Os estabelecimentos já contam com monitoramento diário realizado pelas equipes das Vigilâncias Sanitária (VISA) e Epidemiológica (VE) para identificar casos suspeitos. “Desde que pandemia foi decretada, esses estabelecimentos recebem atenção especial, pois estão cuidando exatamente do público mais vulnerável à doença”, explica a enfermeira da VE, Maria do Carmo Possidente.