Idoso de Jundiaí cola adesivo no carro para conscientizar moradores sobre pandemia
Preocupado com a saúde dos moradores da cidade, um idoso de 66 anos colou um adesivo no vidro traseiro do carro e passou a rodar com ele pela cidade na tentativa de conscientizar as pessoas em meio à pandemia de coronavírus.
Ao G1, Sérgio Benedito Zamana contou que mora na cidade há mais de 60 anos e ficou apreensivo ao notar várias pessoas sem máscaras nas ruas. Por isso, decidiu agir: ele mandou fazer o adesivo com os dizeres “Use máscara! Seja um cidadão consciente!” para orientar os moradores sobre a importância de lutar contra a Covid-19.
“Faz um mês que estou brigando para que reforcem o uso de máscaras e ninguém está acreditando que é grave. Eu pensei que podia fazer algo para chamar atenção do pessoal e um amigo meu tem uma empresa que fabrica banners. Montamos as artes, ficou bem bacana”, diz.
Com essa atitude e com uma máscara de tecido no rosto, ele saiu dar uma volta de carro para que as pessoas pudessem ver a mensagem. “No mercado, um amigo meu, sem máscara, me viu parar com o carro e disse para eu não ser bobo. Eu disse para ele ter consciência”, relata.
Sérgio afirma também que está preocupado com a situação, pois é do grupo de risco e a sogra, de 90 anos, está morando na casa dele. “O duro é aguentar ficar longe dos netinhos, mas não posso correr o risco de trazer o vírus.”
“Não estão respeitando. Acho que não dá 30% das pessoas que usam máscaras. Dá para colocar em vários carros, nos vidros traseiros, até os que têm vidro menor. O perfurite não atrapalha a visão, dá para enxergar normalmente, porque ele é todo furadinho”, continua.
Corrente
Além da arte colada no próprio carro, Sérgio fez outros adesivos conscientes para distribuir aos moradores para que coloquem nos veículos deles.
Mesmo assim, muitas pessoas não tiveram interesse. Por isso, ele decidiu divulgar a corrente nas redes sociais. “Eu e meu carro estamos dando nossa contribuição contra a Covid-19”, escreveu em uma publicação.
“Fiz campanha nas redes sociais para alguém que se interessasse por uma causa nobre. Eu fico que nem louco colocando informações, orientando e tem gente que acha que é bobagem, que é papo furado, mas não é.”
“Saio por aí e ofereço, mas nem meus filhos querem colocar, pode acreditar. Eu não vou parar, quero abrir um pouco os olhos das pessoas, sempre fui assim, querendo conscientizar”, conclui.
G1