•  domingo, 24 de novembro de 2024

Comércio não essencial permanece fechado em Jundiaí

O comércio não essencial em Jundiaí permanece fechado pelo menos até o dia 7 de abril, data em que termina a quarentena determinada por Decreto do Governo do Estado. A deliberação da administração municipal foi anunciada pelo prefeito Luiz Fernando Machado na tarde deste sábado, em transmissão ao vivo pela internet (‘live’) após reunião com oito entidades do comércio e indústria do município, realizada na sala de situação do Paço Municipal.

“Nós estamos trabalhando com evidências científicas para conter o avanço da doença e, por isso, entendemos ser mais prudente continuarmos com o isolamento social, iniciado antes mesmo da determinação vinda do Governo do Estado”, afirmou Luiz Fernando Machado. “Portanto, apesar de todas as cobranças que recebemos, apesar de legítimas as preocupações, manteremos a determinação de não abrir os comércios não essenciais antes do dia 7. Repito que esta é uma decisão de natureza técnica, após nossa equipe de epidemiologistas da saúde avaliarem a curva de evolução da contaminação pela Covid-19. Vamos acompanhar a evolução dessa curva durante a semana”.

O prefeito e gestores receberam representantes do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sincomércio, Sincomerciários, Sindicato dos Metalúrgicos, Associação Comercial e Empresarial (ACE), Acomac (Associação Jundiaiense de Materiais de Construção), Núcleo Gastronômico e Hoteleiro do CDL e da Associação dos Contadores (Cont), entidade que reúne contadores. O objetivo foi discutir ações e alternativas para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia, cujos efeitos já estão sendo sentidos por todo o comércio.

Os participantes compartilharam seus problemas e demandas, que serão avaliados um a um pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus (CEC), e na ocasião foi composta uma força-tarefa, cujo objetivo será atuar na recuperação econômica do município. A força-tarefa funcionará como uma Câmara Técnica do Comitê, para os assuntos econômicos, que terá a participação das entidades, sob a coordenação do Gestor de Governo e Finanças (UGGF), José Antônio Parimoschi.

O gestor de Governo e Finanças destacou a importância da participação da sociedade civil organizada. “Desde a criação do CEC, estruturamos um planejamento estratégico com base em três eixos: o primeiro focado nas ações de Saúde, outro, voltado para os impactos econômicos e a transparência, na divulgação de todas as ações do CEC. O principal objetivo no eixo econômico é não deixar o município desamparado nas áreas de emprego e renda”, destacou o gestor. “Nossas ações, que inclusive já foram colocadas em prática, têm três linhas de atuação: mitigação dos primeiros efeitos, com a prorrogação de prazos de tributos e suspensão de cobranças de débitos e certidões; recuperação da economia; e fortalecimento da economia, com ações estruturais”.

Neste sábado (28), inclusive, foi publicado novo Decreto com prorrogação do ISS cobrado no Simples Nacional, beneficiando 40 mil micro e pequenas empresas. Os pagamentos previstos nos meses de abril, maio e junho serão postergados, sem multa e sem juros, para outubro, novembro e dezembro.

Apesar da turbulência do momento, os participantes da reunião agradeceram o convite e a possibilidade de opinar nas políticas públicas. “Muitos de nossos pedidos inclusive já foram atendidos, principalmente os relativos à manutenção de emprego e renda”, disse Edison Maltoni, presidente do Sincomercio. Milton de Araújo, presidente do Sincomerciarios, se disse convencido da necessidade de manter o isolamento social. “Vemos que as decisões estão sendo tomadas com seriedade”.

Eliseu Silva Costa, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, agradeceu o convite para a reunião. “Aproveito para colocar a estrutura do sindicato, inclusive o clube, à disposição da administração para o que for necessário”, disse. Já Marcelo Cereser, presidente do CIESP, compartilhou preocupações das indústrias e destacou a importância da reunião deste sábado. “Sugerimos que a administração veja essas questões com atenção, porque elas afetam todo o setor produtivo, inclusive logística e transporte”.

Além deles, estiveram presentes à reunião Carlos Eduardo Favaro, da Acomac; Matheus Miranda, do Núcleo Gastronômico e Hoteleiro; Danilo Acerbi, da Cont; e Mark William, presidente da ACE.

Também participaram os gestores da administração municipal Tiago Texera, da Saúde; Thiago Maia, de Inovação e Relação com o Cidadão; e Fernando de Souza, de Negócios Jurídicos e Cidadania, além de Monica Gropelo, superintendente da TVTEC, e os vereadores Faouaz Taha (presidente da Câmara), Rafael Antonucci, Dika e Rogério Ricardo da Silva.

 

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