São Paulo recebeu cerca de 100 bilhões de reais em investimentos privados em 2019, segundo Piesp
Estado cresceu três vezes mais que a média nacional no ano passado
Em 2019 foram investidos mais de 100,1 bilhões de reais na economia paulista, segundo dados da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), divulgados pela Fundação Seade. O valor é parecido com o investido no Estado no início da crise em 2015, de 101,6 bilhões de reais. No período pesquisado, a Região Metropolitana recebeu o maior número de investimentos, cerca de 34,6 bilhões de reais, seguida por Campinas (6,8 bilhões), Santos (2,4 bilhões) e Sorocaba (2 bilhões).
O Estado de São Paulo também registrou um índice de crescimento três vezes maior que a média nacional. Dados do Índice de Atividade Econômica, divulgados pelo Banco Central apontam que em 2019, o Estado cresceu 2,8% e o País cresceu apenas 0,9%. Dentre os Estados que conseguiram demonstrar índices superiores a 2% estão: Santa Catarina (2,5%), Goiás (2,3%) e Paraná (2,1%).
A Piesp também apontou que os investimentos na indústria chegaram a 29,2 bilhões de reais, deste total 75% foram investidos no setor automotivo e no setor de celulose e papel (7,5 bilhões de reais). Destaque para o setor de infraestrutura que recebeu investimentos de 53,4 bilhões de reais.
Para Paulo Castelo Branco, economista e presidente executivo da Abimei, aos poucos a economia brasileira está crescendo, um dos motivos é o investimento em novas tecnologias que permite o aumento da produção. “A indústria foi o segundo maior segmento que recebeu investimentos em São Paulo e isso tem ajudado no aumento da produção, gerando resultados positivos para a nossa economia”, comenta.
Entre os investimentos realizados estão produtos de informática e equipamentos eletrônicos, devido a instalação de uma linha de montagem em São José dos Campos, para produtos de tecnologia 5G. “Os investimentos nessa nova tecnologia tornarão os processos fabris mais inteligentes, aumentando a competitividade da nossa indústria no mercado internacional”, explica.