Como mais uma iniciativa da Prefeitura de Jundiaí na prevenção da violência contra a mulher, os homens interessados em discutir o assunto podem participar do programa “Por Onde Andei”. A iniciativa, sob a tutela da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), é realizada semanalmente, às terças-feiras, das 18h às 19h30, no Criju, e foca na conscientização de agressores e autores de violência doméstica, discutindo questões como machismo, violência e a construção de novos pensamentos. O programa se soma às atividades desenvolvidas pelo Município no Mês da Mulher.

No sentido de trabalhar a prevenção junto com os autores da violência, a Prefeitura já desenvolve, desde novembro de 2017, o programa “Voz da Consciência”, numa parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado e com o Centro de Detenção Provisória (CDP) “Marcos Antônio Alves Bezerra”, onde o programa é desenvolvido com detentos que cumprem pena por violência doméstica.

A diretora do Departamento de Proteção Social Especial da UGADS, Ariane Goim Rios, explica que o “Por Onde Andei” atende tanto homens que buscam o serviço de forma espontânea quanto através de encaminhamentos do Poder Judiciário ou da rede socioassistencial. “O nome do programa, inspirado na canção eternizada pela voz de Nando Reis, é um convite à reflexão, ao reconhecimento dos caminhos já percorridos, bem como de suas faltas e falhas”.

A participação de homens é aberta e não é necessária inscrição prévia. Os interessados devem apenas comparecer ao Criju, que fica na avenida Dr. Cavalcanti, 396, no Complexo Argos, às terças-feiras, a partir das 18h. Mais informações podem ser obtidas no telefone da UGADS (11) 4522-0333.

Outras iniciativas da Prefeitura dão suporte à mulher vítima de violência, como a criação da Patrulha Maria da Penha e uma rede de proteção, envolvendo representantes das Unidades de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), de Segurança Municipal (UGSM) e da UGADS. Outra iniciativa é a Casa Sol, serviço de abrigamento, em endereço sigiloso e com suporte psicossocial de profissionais, para mulheres sob ameaças ou risco de morte.

Voz da Consciência
Pelo programa, psicólogos e assistentes sociais da Prefeitura conduzem encontros quinzenais para discussão com detentos que respondem por violência doméstica. De acordo com o CDP, até janeiro deste ano, 255 detentos participaram do programa e, entre os atendidos, não houve casos de reincidência. A taxa de reincidência antes do início do programa chegava próximo dos 40%. Para a realização do programa, a Prefeitura e a SAP assinaram convênio no último mês de janeiro.