Nova modalidade de empréstimo pode ter juros mais altos em contratos longos
Governo autorizou nova modalidade para correção de juros
Uma nova modalidade de empréstimo para financiamento da casa própria com redução da taxa de juros foi autorizada pelo governo, mas pode ser preciso reavaliar para saber se é mesmo a melhor opção.
A correção monetária não seria mais ajustada pela Taxa Referencial (TR) do Governo, pois, atualmente, está praticamente zerada.
“Os juros, apesar de cotados entre 2,95% e 4,95% ao ano pela Caixa Econômica, ainda são incertos quanto ao índice, por causa da inflação”, relata Dra. Sabrina Rui, advogada em direito tributário e imobiliário.
A taxa poderá ser corrigida de acordo com outros indicativos, como o IGP-M, em contratos de longo prazo.
“Esses empréstimos com fins de habitação pode ter prestações que duram 15, 20 ou até mesmo 30 anos, e isso causa um grande impacto no valor das prestações”, conta a Dra.
Estes contratos extremamente longos que costumam ser feitos para financiar a casa própria, mesmo com juros “mais baixos”, podem cobrir o valor da modalidade anterior, sendo prejudicial ao financiador e benéfico para o banco.
“A taxa de juros mais baixa será oferecida aos funcionários públicos e também haverá possibilidade de usar recursos do FGTS para imóveis abaixo de $1,5 milhão” afirma.
Por isso, antes de aderir ao contrato nos novos moldes propostos, vale a pena analisar a fundo, pois o índice terá um reflexo direto no valor da prestação.