•  sábado, 23 de novembro de 2024

Perdão pode ser o antídoto para a intolerância nos tempos atuais

Pesquisas apontam que perdoar proporciona inúmeros benefícios à saúde

São Paulo, 29 de janeiro de 2020 – O mundo vive tempos de forte intolerância, sentimento que tem encontrado terreno fértil nas redes sociais e onde junto com discursos de ódio conquista cada vez mais adeptos. A sociedade está cada dia mais intransigente com as causas diferentes do comum. Já é tempo de repensar os posicionamentos agressivos e apostar na serenidade, empatia, afeto, e no perdão como antídotos para essa hostilidade.

É hora de aprender a perdoar. Um número cada vez maior de pesquisas indica que o perdão proporciona uma série de benefícios à saúde. Qualquer pessoa pode se tornar mais tolerante quando desenvolve hábitos como a empatia, passando a focar no lado bom das coisas.

De acordo com Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia, quando não perdoamos os outros, nos colocamos em uma escravidão mental, física e emocional. “E quando permitimos que isso ocorra, a pessoa que nos feriu pode nos colocar em uma gaiola, sendo que somos os únicos que podemos nos libertar dela”, reforça Flora.

Para a especialista, a habilidade de perdoar prevê uma saúde positiva tanto mental quanto física. O ato do perdão protege contra os efeitos negativos do estresse e faz bem tanto à saúde de quem é perdoado como, principalmente, de quem perdoa.

O Ph.D Frederick Luskin, um dos maiores estudiosos sobre o perdão e diretor do Forgiveness Projects, da Universidade de Stanford, concluiu uma extensa pesquisa sobre o treinamento e a medição da terapia do perdão. Sua pesquisa demonstra que esse ato tão importante leva a um aumento da vitalidade física, esperança, otimismo e habilidades de resolução de conflitos.

“Minha pesquisa mostrou que aprender a perdoar ajuda as pessoas a magoar menos. As pessoas que aprendem a perdoar relatam menos sintomas de estresse, como dores nas costas, tensão muscular, tonturas, dores de cabeça e dores de estômago. Além disso, descrevem melhorias no apetite, no padrão de sono, na energia e no bem-estar geral”, afirma Luskin.

Porém, ele adverte que perdoar não é fácil, mas é uma competência que pode e deve ser treinada pelas pessoas que desejam ser feliz. “Perdão não significa que você precisa se reconciliar com alguém que o tratou mal. Se você foi vítima de abuso, agressão ou está em um relacionamento difícil, pode perdoar o ofensor e, como parte dessa escolha, tomar a decisão de encerrar ou limitar o contato com ele. O perdão é principalmente para a sua paz de espírito”, esclarece Frederick Luskin.

Os 9 passos do Perdão

Se o perdão é tão bom e positivo para o ser humano, por que poucos optam por perdoar quando as pessoas as machucam? A resposta pode estar na cultura atual que valoriza mais a expressão da raiva e do ressentimento do que a paz do perdão. Além disso, a maioria das pessoas está confusa sobre o que é e o que não é perdão. As tradições religiosas, geralmente, reforçam a importância do perdão, mas não oferecem as etapas práticas de como fazer.

Em seu livro ‘O Poder do Perdão’, Luskin apresenta um processo, desenvolvido por ele, composto por nove passos que ajudam a pessoa a transformar o ato de perdoar em uma prática habitual e recuperar o controle de sua vida. São eles:

  1. Entenda exatamente como você se sente a respeito do que aconteceu e seja capaz de articular isso, falando a respeito com pessoas de sua confiança.
  2. Assuma com você o compromisso de superar. O perdão é para você, e mais ninguém.
  3. Perceba que perdão não significa, necessariamente, reconciliação.
  4. Adote a perspectiva certa: a principal fonte de sua mágoa é o sofrimento emocional e físico que você está passando agora e não a pessoa ou evento que a causou.
  5. Pratique técnicas de controle de estresse sempre que começar a se sentir irritado ou zangado.
  6. Não espere de outras pessoas aquilo que elas não têm para dar a você.
  7. Estabeleça objetivos positivos e descubra outras maneiras de atingi-los que não seja por meio da experiência que feriu você.
  8. Lembre-se de que uma vida bem vivida é a melhor vingança. Ao focar em suas feridas, você está dando poder à pessoa que o feriu. Aprecie o que se tem ao invés de concentrar-se naquilo que não tem.
  9. Dê um novo significado ao seu passado e inspire-se sempre em sua escolha de perdoar

EXPO Felicidade 2020

Para falar mais sobre perdão, como aprender a colocá-lo em prática e desfrutar dos benefícios proporcionados pelo ato de perdoar, o Dr. Frederick Luskin participará por videoconferência da primeira edição da Expo Felicidade 2020, que acontece entre os dias 27 e 29 de março, na Amcham Business Center, em São Paulo

O evento reunirá alguns dos maiores estudiosos sobre a Psicologia Positiva e a ciência da felicidade para apresentar as últimas novidades sobre o assunto e diversas técnicas de como aplicar estes conhecimentos na prática.

A grade de palestrantes do evento conta com nomes renomados como o professor Michael F. Steger, Ph.D. e professor de psicologia, fundador e diretor do Centro de Significado e Propósito da Colorado State University; a psicoterapeuta Jennifer Cory, co-diretora do programa de Certificação em Psicologia Positiva Aplicada no NY Open Center e especializada em luto e perda traumática, educação e apoio aos pais, mulheres e casais; Robert Diener, especialista na aplicação prática da psicologia positiva no desenvolvimento profissional; Gustavo Arns, idealizador do Congresso Internacional de Felicidade e fundador da Escola Brasileira de Ciências, além de Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia e embaixadora da felicidade no Brasil, entre outros.

As inscrições já estão disponíveis pelo site do evento:

Serviço:

Expo Felicidade 2020

Data: 27 a 29 de março

Local: Amcham Business Center – Rua da Paz, 1431 – Chácara Santo Antonio

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