•  domingo, 24 de novembro de 2024

Casos de chikungunya cresceram 44% em Sorocaba no ano passado

Sorocaba (SP) tem dois casos suspeitos de febre amarela, mas há outra doença que também está preocupando o setor de Zoonoses: a chikungunya. No ano passado, os registros da doença quase dobraram na cidade.

Nesta época de calor e chuva as larvas do mosquito Aedes aegypti são mais frequentes. A aposentada Dolores Pereira do Nascimento tem medo da dengue e mais ainda da chikungunya. “Tenho muito medo porque meus parentes em Belém do Pará ficaram com problemas nas juntas”, diz.

Os casos de chikungunya aumentaram 44% em Sorocaba em 2019. A doença é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, mas tem sintomas mais intensos e sequelas dolorosas.

O principal sintoma da doença é dor aguda nas articulações, como cotovelos, joelhos, mãos e pés, além de febre alta repentina, dor de cabeça, manchas vermelhas na pele, dor nos músculos, náuseas e vômitos.

Para evitar essa e outras doenças, como zika, dengue e febre amarela, o Centro de Controle de Zoonoses está nas ruas para fazer um levantamento das larvas do mosquito. 3.600 imóveis vão receber visitas em todo o mês de janeiro.

A supervisora do Centro de Zoonoses, Juliana Mome, explica que a população precisa fazer a sua parte para evitar os criadouros. “Nós removemos os criadouros que são passíveis de remoção, os que não são passíveis, nós tratamos. Porém, se a população não colabora e não toma o cuidado necessário, com o aumento da chuva os criadouros vão encher e, com isso, o nível de infestação vai subir”

Os agentes verificam tudo e onde acham água parada retiram amostras para verificar se há larvas se desenvolvendo.

Segundo o agende de endemia, Valdinei Viana, em determinados ambientes, as larvas do mosquito podem se proliferar mais rapidamente.

“A água quando fica parada e muito tempo no cimento, tende a aquecer, e a água aquecida faz com que as larvas nasçam mais rápido. Em locais rasos é normal achar larvas”, explica.

Se a chikungunya preocupa, os casos de dengue são alarmantes. No ano passado, aumentaram 23 vezes em relação a 2018. Foram 1.076 casos confirmados da doença em Sorocaba.

Na casa do aposentado Eliseu Longo está tudo limpo e bem cuidado. Ele recebeu dicas do agente para colocar detergente em qualquer canto que possa acumular água. “Uma vez por semana eu cuido das plantas e quando tem água parada eu já tiro. É muito importante”, diz.

O próximo levantamento do Centro de Controle de Zoonoses deve ser feito no mês de abril.

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