•  domingo, 24 de novembro de 2024

Educação para o Trabalho transforma vidas no CRAS em Cabreúva

Transformar a realidade das famílias dando suporte para que os jovens se qualifiquem e entrem no mercado de trabalho: esse é objetivo do Programa de Educação para o Trabalho (PET), que acontece no CRAS Vilarejo. Ao todo, 30 jovens estão participando da oficina, que já contribui para suas vidas.

É o caso do jovem Pablo Luan Pereira de Souza, de 18 anos, que já conseguiu um estágio na BRF, em Jundiaí. Ele conta que as aulas sobre entrevista de emprego o ajudaram a melhorar sua postura e comunicação na hora de garantir uma vaga. “Estou gostando da oficina e muito feliz por ter conseguido o estágio”, disse.

A técnica do Senac, Veridiane Adélia Rodrigues, explica que as atividades desenvolvidas buscam levar aos jovens a realidade do mercado de trabalho, suas exigências e caminhos. “Trabalhamos temas como empreendedorismo, comunicação, atendimento ao cliente, processos administrativos, atitudes sustentáveis, qualidade, técnicas de entrevistas de emprego entre outros”, contou ela, que é uma das responsáveis pelos cursos.

Segundo a técnica, toda a turma quer fazer faculdade: “A tendência é que eles deem continuidade ao estudo, eles têm uma clareza muito grande da importância do conhecimento para conseguirem entrar e se manter no mercado de trabalho. Temos jovens com sonhos de serem médicos, advogados, designer de games, psicólogos.”

As irmãs Shayanny Kelly e Jhayanny Keylla Gino Ferreira, de 17 e 15 anos, têm certeza do que querem estudar e não têm medo de sonhar: a mais velha quer cursar direito, para ser juíza, e a mais nova quer ser médica. “Confesso que no começo tinha um pouco de preguiça de vir para a oficina, mas depois comecei a gostar, principalmente das apresentações de trabalho, que têm me ajudado a me comunicar melhor”, comentou Shayanny.

A aluna Érika Letícia Pires dos Santos, de 14 anos, diz ser grata ao aprendizado adquirido no CRAS. “Penso em ser jogadora profissional de vôlei. Não sei se vai dar certo, mas é aquela coisa: se você tem um sonho, tem que correr atrás, né?! E os encontros têm me ajudado muito a melhorar minha comunicação, sempre fui muito tímida. E me auxília também a ter mais certeza sobre o que eu quero pra minha vida. Sou muito grata.”

Já Manuelle Kailane dos Santos, de 16 anos, compartilhou que ela será a primeira da família a concluir os estudos. “Em casa, todos os meus irmãos tiveram que parar de estudar. Sou a única que continua”, compartilha. Ela conta que sempre diz para a mãe seu desejo de mudar de cidade para fazer faculdade. “Ela fica meio preocupada de me imaginar morando longe, mas fica orgulhosa por eu querer estudar”, completa.

Os encontros dessa oficina do PET vão até fevereiro e ainda terão diversas atividades práticas, pesquisas e fóruns, para qualificar ainda mais os jovens para o mercado. “Queremos contribuir para uma transformação na realidade das famílias do bairro, por meio do estudo e do trabalho, para que essa geração alcance seus objetivos e contribuia com a cidade e o mundo”, disse Érika Navarro, assistente social e coordenadora do CRAS Vilarejo.

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