•  domingo, 24 de novembro de 2024

Então é Natal… E época de estresses de final de ano também

Dra. Juliana Denardi Strapasson*

Dezembro e janeiro são, com certeza, os meses dos excessos. É preciso enfrentar shoppings com muito movimento, lojas e supermercado superlotados, ruas invadidas por uma multidão de pessoas apressadas, trânsito caótico, inúmeros convites para confraternizações, confusões familiares, ceias e, claro, uma comilança desenfreada. E o resultado disso tudo, geralmente, são culpa e quilos a mais na balança. Essa sobrecarga traz sérias consequências para a saúde, um problema conhecido popularmente como estresse.

No nosso dia a dia, as pequenas tensões que sofremos, além de agirem na mente, atuam também no corpo, ocasionando problemas físicos como dores, má postura e desconfortos diversos. Ainda existem os problemas causados pelo excesso de funções de estruturas fisiológicas ligadas ao estresse como o sistema nervoso autônomo e o eixo hipotalâmico–hipofisário–adrenal (HPA), que controla a produção de hormônios como o cortisol. Em situações normais, o cortisol funciona como a “arma” do corpo. É ele quem auxilia o organismo a combater infecções e inflamações. Segundo cientistas, entretanto, períodos prolongados de estresse fazem com que as glândulas liberem grandes quantidades desse hormônio. E sem uma regulação adequada dele, a duração e/ou a intensidade das respostas imunológicas aumentam, deixando sistema imunológico mais fraco o corpo mais inflamado e oxidado. Assim, o organismo se torna alvo fácil para vários tipos de doenças.

Outro problema possível é a fadiga da adrenal, um conjunto de sinais e sintomas que resulta em uma baixa funcionalidade das glândulas adrenais e que trazem dificuldade para organismo de lidar com níveis de estresse por muito tempo.  Consequentemente, a pessoa começa a ter mais fadiga, cansaço, dificuldade de levantar cedo, sentimentos “nebulosos” e depressivos e mal-estar.  Além disso, também é bastante comum a sensação de aumento de energia no final dia, que acontece devido aos níveis desregulados de cortisol, que pode causar picos no início da noite e resultar em insônia.

Ao lidarmos com todas essas questões, comer por conforto emocional nessa época cheia de oportunidades de “comilança” pode parecer uma ótima pedida, né? Mas é preciso lembrar que, alimentar-se compulsivamente para “afogar as mágoas” ou como recompensa em decorrência de situações de nervosismo ou de muita euforia, pode ser gatilho para o desenvolvimento distúrbios alimentares ainda mais sérios. Em outras palavras, a comida não pode ser vista como uma maneira de lidar com o estresse.

 

O tratamento adequado para tudo isso é feito com mudanças nos hábitos de vida e de alimentação. O primeiro passo é buscar ajuda profissional, claro. Paralelamente, podemos utilizar ainda a suplementação com plantas medicinais que ajudam a aliviar o estresse de forma natural. Através das práticas da Microfisioterapia também é possível restaurar o equilíbrio do organismo e proporcionar a recuperação dos tecidos danificados, garantindo a vitalidade e o bem-estar do paciente e minimizando os efeitos do estresse.

Ler Anterior

ChildFund Brasil lança movimento nacional para conter o avanço da violência infantil no país

Ler Próxima

Empresas devem começar já preparação para a reforma tributária, orienta consultor