Jundiaí é única cidade brasileira a ter relatório de sustentabilidade
Divulgado este ano, o estudo “Jundiaí: visão para uma cidade mais sustentável”, realizado em parceria com a empresa alemã Siemens, utilizou o CyPT – City Performance Tool, uma ferramenta de avaliação do desempenho das cidades com relação à qualidade do clima. O município integra o rol de 35 cidades no mundo que participou dos estudos realizados pela Siemens, e é a única no Brasil a ter esse relatório.
A empresa possui uma unidade em Jundiaí, que atua na área de projetos de energia, e tem outras parcerias na área de educação com a Prefeitura.
O estudo, que foi apresentado em junho passado, simulou os impactos da emissão de gases efeito estufa na cidade, a partir de três áreas – transporte público, energia e construção civil – e traçou cenários para redução desses poluentes ao longo dos próximos 30 anos. O estudo compõe a agenda Jundiaí 2050.
A Siemens divulgou na última quinta (21) todas as cidades que possuem o relatório City Performance Tool; nas Américas, além de Jundiaí, são apenas Minneapolis, Mississauga, Toronto, Boston, New Bedford, Nova York, Washington DC, Charlotte, Riverside, Los Angeles, São Francisco, Portland, Mexico City e Buenos Aires; na Austrália, Adelaide; na Ásia, Qingdao, Quhan, Nanjing, Ningbo, Shenzhen, Seul e Guangzhou; e na Europa, as cidades de Aarhus (Dinamarca), Helsinque, Haia, Berlim, Copenhagem, Nuremberg, Stuttgart, Viena, Munique, Madri, Gante (Bélgica) e Belgrado.
O resultado do City Performance Tool não só identificou quais seriam as melhores soluções para Jundiaí atingir suas metas de sustentabilidade, como também comprovou que a implementação de tais medidas poderia acarretar impactos socioeconômicos positivos. Entre as soluções avaliadas pela ferramenta estão a implantação de iluminação orientada à demanda em edifícios públicos, o uso de LED na iluminação viária, ampliação do número de ciclovias e uso de ônibus elétricos na frota. “Nós planejamos um futuro em que a cidade se desenvolve de modo sustentável e inteligente. Sabemos dos desafios do presente, mas não podemos deixar de lado o planejamento para as próximas décadas”, resume o prefeito Luiz Fernando Machado.
O estudo teve início em março de 2018 e o levantamento dos dados ficou a cargo da Unidade de Gestão de Governo e Finanças (UGGF). Para o gestor da área, José Antonio Parimoschi, haverá benefícios econômicos e também para a qualidade de vida das pessoas à medida que as soluções forem implantadas. “A partir do momento que a cidade emite menos gases poluentes e nocivos à saúde, as pessoas ficarão menos doentes e isso vai gerar economia de recursos. Ao gastar menos com a saúde, é possível investir mais em outras áreas”, afirmou.