Brasil ganha Centro de Estudos sobre Medicina do Exercício e do Esporte: o CEMEX
Fundada pelo médico Samir Daher, uma das maiores autoridades do País sobre o tema, organização vai disseminar pesquisas, realizar eventos de capacitação de profissionais e instituições da saúde e de conscientização à população em geral
São Paulo, novembro 2019 – Em um cenário de envelhecimento da população, proliferação de doenças crônicas, alto índice de sedentarismo, crise dos planos de saúde e grande demanda nos hospitais, propostas de promoção da qualidade de vida ganham relevância como soluções que ajudam não só os indivíduos, mas também o sistema de saúde como um todo. É nesse cenário que surge o Centro de Estudos em Medicina do Exercício – CEMEX, uma associação sem fins lucrativos criada para promover informação de excelência sobre a medicina do exercício e do esporte e os seus benefícios para todos os agentes envolvidos.
A organização foi fundada e é presidida pelo médico Samir Daher, uma das maiores autoridades brasileiras no tema. Com sólida experiência, Daher foi presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, além de ter coordenado e dirigido grandes torneios esportivos, como Jogos Pan-Americanos, Maratona Internacional de São Paulo e Brasil Open de Tênis. Além da presidência do CEMEX, Daher ainda é o atual Diretor do Departamento de Medicina do Exercício e do Esporte do Clube Pinheiros – um dos maiores celeiros olímpicos do País – e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público (IAMSPE).
Samir Daher explica que a medicina do exercício e do esporte é uma especialidade que pesquisa a influência do exercício físico na saúde das pessoas, sejam elas esportistas ou não, e seus respectivos desdobramentos, partindo do indivíduo, mas chegando a toda cadeia que o cerca, o que envolve hospitais e instituições de saúde que utiliza, a empresa em que trabalha, as indústrias farmacêuticas fabricantes dos remédios que toma, entre muitos outros.
“Superficialmente, o raciocínio é o seguinte: uma pessoa que pratica atividades físicas tende a permanecer mais saudável, então se ela vai ao médico, a probabilidade é que seu caso seja preventivo ou menos grave, o que gera menos custo para plano de saúde, SUS e hospitais. Devido a seu bom estado, ela sai rápido, não ocupa ou desocupa o leito em menor tempo e falta menos ao trabalho. Ou seja, temos uma cadeia positiva aqui que beneficia a todos. Agora, o inverso é problemático: pessoas que não se exercitam ficam mais doentes, seus casos são um pouco mais complexos, o que aumenta o custo das instituições de saúde e o tempo de retorno, inclusive ao seu posto de trabalho. O prejuízo é de todos. Infelizmente, este cenário é majoritário, por isso a importância do CEMEX”, avalia o especialista.
Outro ponto levantado por Daher é a utilização da Medicina do Exercício e do Esporte na etapa de tratamento e recuperação dos pacientes. “Acompanhamos e conduzimos um volume significativo de pacientes, que poderiam ter sido submetidos a cirurgias ou procedimentos invasivos, mas que, ao invés disso, foram direcionados para a prática da medicina do exercício e do esporte. Esses pacientes se recuperaram muito bem, em tempo apropriado, de uma maneira menos traumática para eles e menos onerosa para as instituições”, comenta.
CEMEX na prática
Entre outras atividades, o CEMEX deve disseminar pesquisas e organizar eventos de capacitação de profissionais e de conscientização da população em geral, o que inclui as empresas. “Pretendemos percorrer por toda as etapas, da conscientização até o treinamento para a aplicação concreta das boas práticas da medicina do exercício e do esporte. A importância dos estudos e pesquisas vem justamente daí, já que evidenciam o que defendemos. A ideia é reunir todo tipo de informação qualificada sobre a medicina do exercício e do esporte, seja científica ou no formato de cases de sucesso, e criar um grande acervo vivo de conteúdo de excelência”, afirma.
O presidente do centro explica ainda que o trabalho da organização inclui a realização de cursos, palestras, feiras, congressos presenciais ou à distância, além da edição de livros, revistas e periódicos, que poderão ser físicos ou digitais. “Temos certeza que esse trabalho conjunto de profissionais de diversas instituições parceiras trará mais visibilidade para a medicina do exercício no Brasil e, mais que isso, mudança de vida para as pessoas, mais prevenção à saúde e melhores condições de atendimento nos hospitais”, finaliza Daher.