Mercado
“A Black Friday teve um forte crescimento no Brasil nos últimos anos e se tornou uma das datas mais importantes no varejo. Como o mercado de consumo já apresentando sinais de recuperação, os índices de intenção de compra para o último trimestre do ano se mostram mais favoráveis do que nos últimos dois anos. Isso indica uma retomada de gastos do consumidor, embora de maneira tímida. Este ano, a procura maior deve ser por eletrônicos e produtos de beleza e cuidados pessoais”, avalia Claudio Felisoni de Angelo, economista e presidente do IBEVAR.

Fraude
“Mesmo com o forte crescimento da Black Friday no Brasil muitas pessoas ainda têm a ideia de que o evento é uma estratégia fraudulenta das empresas que tentam maquiar os preços para aumentar as vendas no período. Eles atribuem a data a manipulação de preço, divergência de valores e propaganda enganosa. Essa desconfiança de alguns consumidores por conta da data está atrelada a falta de legitimidade cultural do evento no Brasil”, avalia Patricia Cotti, diretora executiva do IBEVAR.

Expectativa do consumidor
“Descontos agressivos são sempre mencionados pelos consumidores, já que a data tradicionalmente tem como media 30% ou mais de desconto. De uma maneira geral, o consumidor entende que vai encontrar os menores preços nas lojas durantes a Black Friday. Além disso, pontos como confiança na entrega, prazo e bom valor de frete também são considerados na hora de fechar a compra”, comenta Patricia Cotti, diretora executiva do IBEVAR.

“Com a oportunidade de economizar e otimizar gastos, muitos consumidores antecipam as compras de Natal, aproveitando as promoções da Black Friday. Essa prática de antecipar as compras, somada aos demais fatores econômicos, ocasionou, em 2018, o pior Natal dos últimos doze anos para o varejo”, completa Patricia.

Empresas
“Em anos anteriores, algumas empresas apontam que a Black Friday foi responsável por um total de 70% do faturamento do mês. Já em fluxo de site, o aumento girou em torno de 400% a mais do que o habitual. Para esse ano, a estimativa é boa, levando em conta a recuperação no mercado de consumo”, observa Claudio Felisoni de Angelo, economista e presidente do IBEVAR.