•  sábado, 23 de novembro de 2024

Como a terapia ocupacional pode ajudar crianças com atraso no desenvolvimento?

Crianças com autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral e outras condições podem se beneficiar pelo acompanhamento de um profissional

Caxias do Sul, 17 de outubro de 2019 – A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde responsável por trabalhar a reabilitação humana focada nas ocupações. O objetivo é promover a autonomia dessas pessoas que, por razões específicas ou sociais, apresentam dificuldade de cumprir seus papéis ocupacionais na sociedade.

Uma das áreas de atuação dos profissionais é o desenvolvimento infantil. Crianças que têm ou já tiveram atraso em processamento sensorial, motor ou cognitivo, autismo, transtorno do desenvolvimento, síndrome de Down, paralisia cerebral, acidente vascular encefálico ou qualquer tipo de deficiência podem se beneficiar com o tratamento.

Os tipos de atividades desenvolvidas vão depender da condição da criança e da fase da vida em que ela se encontra. Em bebês, por exemplo, o profissional costuma trabalhar a postura e a sustentação da cabeça e tronco, com muitos estímulos de movimento através de brincadeiras, enquanto em crianças na fase escolar, o foco é na concentração, coordenação motora e treino da grafia.

“O objetivo do terapeuta ocupacional no trabalho com crianças é desenvolver suas habilidades para que ela tenha uma performance compatível com a sua idade, expandindo sua autonomia”, conta a coordenadora do curso de Terapia Ocupacional do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), professora Claudia Scolari.

Além de trabalhar a parte motora e social diretamente com o próprio paciente, o profissional pode utilizar o recurso da tecnologia assistiva, ou seja, o desenvolvimento e confecção de objetos personalizados que ajudem a criança a ter independência em suas atividades diárias, como escovar os dentes, comer, estudar e até brincar.

O profissional pode, ainda, orientar a família e professores com relação a estímulos ou outros tratamentos necessários, visitar a escola que a criança frequenta e manter contato constante com outros profissionais que trabalham no seu desenvolvimento, inclusive o pediatra.

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