•  sábado, 23 de novembro de 2024

Com um mercado promissor, aumenta a procura pela carreira de coach no Brasil

Mas, para atuar na área com excelência não basta um diploma. Villela da Matta, primeiro master coach do País, orienta interessados em atuar na área e reforça a necessidade de se profundar nos estudos sobre o tema e suas aplicações

São Paulo, 17 de outubro de 2019 – O mercado de coaching está em plena expansão, o que é uma boa notícia. Impulsionada por este crescimento, a atividade vem recebendo cada vez mais atenção. E é aí que mora o perigo. Afinal, onde há muita oportunidade também pode existir oportunismo e banalização. Fato que só aumenta a importância de saber distinguir um profissional sério e capacitado, que trilhou o caminho da ciência, daquele que vende promessas de ganho rápido, pautadas em modismos e sem comprovação.

Mesmo não sendo uma profissão regulamentada no Brasil, para se tornar um coach é preciso estudar muito, se preparar adequadamente e aprender métodos cientificamente comprovados que ajudam na organização, no desenvolvimento de habilidades, motivação, entre outras competências. É preciso preparar-se para aprender a lidar e compreender o ser humano e o ambiente à sua volta, o que só é possível por meio de uma formação sólida e responsável.

Só para entender o potencial mercado de coaching, nos últimos quatro anos, vem aumentando no Brasil o interesse de profissionais de diversas áreas e formações acadêmicas pela carreira de coach. De acordo com o Internacional Coach Federation (ICF) foi observado um crescimento de mais de 300%. A Sociedade Brasileira de Coaching (SBCOACHING), pioneira na área no País, registrou um aumento de cerca de 65% na procura por treinamentos nesse período. O mercado é muito promissor, tendo em vista que, nos Estados Unidos, o coaching já movimentou cerca de US$ 3 bilhões ao ano, muito acima da realidade brasileira, de acordo com a Associação Internacional de Coaches Profissionais (AICP).

“Os números comprovam a expansão da profissão. Mas atuar com excelência nessa área exige dedicação e muito estudo. Isso é o que acreditamos e incentivamos diariamente nossos alunos a perseguirem. De nossa parte, trabalhamos arduamente para que todas as práticas utilizadas em nossas metodologias sejam embasadas em estudos e práticas com resultados comprovados”, explica Villela da Matta, primeiro master coach do País e presidente da SBCoaching.”

Para ele, a questão fundamental e que precisa ser compreendida é que o coach lida com seres humanos, portanto, com questões sérias que podem impactar nos rumos da vida de uma pessoa ou organização. “Um bom coach nunca pode parar de se desenvolver, afinal, nos deparamos todos os dias com novos desafios. É preciso acompanhar essas mudanças, munir-se de ferramentas e conhecimentos para ser um profissional reconhecido no mercado”, pontua. E alerta: “não é preciso nem reforçar o tamanho dessa responsabilidade e os impactos negativos que a atuação equivocada, de um profissional despreparado, pode acarretar”, afirma.

“O coach é uma opção de carreira que requer trabalho árduo, investimento financeiro e disponibilidade de tempo para a intensa carga horária de preparação. Pela abrangência e responsabilidade exigida em sua atuação, ele deve obter variadas especializações e, sobretudo, experiência. Na verdade, penso que isso vale para qualquer profissão. Quando o assunto é saúde, por exemplo, priorizamos um médico especialista e experiente. Com o coaching não é diferente”, reforça da Matta.

 

Mas, afinal: como buscar a melhor formação e se preparar adequadamente?

A formação básica de coaching aborda, essencialmente, os fundamentos do processo, como aplicá-los na prática para conquistar melhores resultados, possibilitando que a pessoa atue como coach profissional no mercado. Já as especializações têm o objetivo de trazer ao coach mais ferramentas, segurança e, claro, prática para uma atuação ainda mais ampla. E o mais importante: proporcionam conhecimento específico em diferentes áreas, como life coaching, executive coaching ou career coaching.

Para orientar os interessados em atuar como coaches e que estão em busca de formação adequada, o presidente da SBCoaching enumera nove critérios que devem ser levados em conta na hora de tomar a decisão:

 

  1. De olho no portfólio da empresa em questão. Procure informar-se se ele abrange e atende o que você precisa;
  1. Credibilidade é tudo. Uma empresa de formação de coaching séria zela pelo cliente desde o primeiro instante, para que ele invista em um serviço de qualidade, que o deixará confiante e satisfeito em longo prazo;
  1. Responsabilidade é fundamental. Uma instituição que prima pela excelência, não apenas oferece treinamento de coaching e o material didático correspondente, mas, sobretudo demonstra responsabilidade e cuidado com suas reais necessidades, esclarece suas dúvidas e dá suporte para sua atuação;
  1. Pesquise muito antes de decidir. Faça uma pesquisa detalhada sobre os trainers da empresa de coaching na qual você está interessado. Muitas vezes os sites omitem informações básicas como a formação de seus instrutores, que nem sempre são profissionais certificados, muito menos por instituições reconhecidas em termos de qualidade e credibilidade. Também é importante saber se eles têm cases de sucesso e resultados comprovados com o coaching;
  1. Atenção à metodologia aplicada. Observe com muita cautela a metodologia vendida pelos players do setor e procure aquela que apresente resultados testados e comprovados, inclusive internacionalmente. Certifique-se de que coaches mundialmente reconhecidos a utilizam. Isso é diferencial quando questionarem a eficácia do processo;
  1. Não abra mão das melhores escolas de formação. Escolha cuidadosamente instituições sérias de coaching, preferencialmente as que tenham parcerias com órgãos internacionais que regulam e certificam sua atuação e a dos coaches, e que primem pelo estímulo à pesquisa científica de novas teorias e técnicas. Alguns dos mais importantes são Institute of Coaching (IOC), Association for Coaching (AC) e Graduate School Alliance for Education in Coaching (GSAEC);
  1. O apoio durante a formação. Uma característica decisiva durante a formação é como o aluno é apoiado em sala de aula. Um curso de primeira linha não se resume a um treinamento expositivo, focado unicamente na habilidade dos trainers e guiado por slide shows. O participante está sempre acompanhado de perto por um staff competente e ativo durante a realização das atividades práticas;
  1. Pós-treinamento. É importante checar qual o apoio que a instituição oferece ao participante após a conclusão do treinamento. Boas empresas oferecem conteúdos e ferramentas para que você faça a divulgação dos seus serviços como coach, prospecte clientes, tenha acesso a opções de mentoria e eventos de aperfeiçoamento;
  1. Atuação da empresa escolhida. Verifique se a empresa tem um histórico, se está há anos no mercado. Isso é fundamental, pois indica se ela tem tradição e capacidade de adaptar-se às constantes mudanças que o coaching vem atravessando. Esse aspecto diminui os riscos de a empresa não existir mais daqui a alguns anos e sua certificação deixar de ter validade. Afinal, coaching sério é outra coisa.
Ler Anterior

Colégio promove Feira de Empreendedorismo com alunos em Jundiaí

Ler Próxima

A urgência em promover o acesso a alimentação saudável no Brasil e diminuir a obesidade